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Opinião: Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim (2023)

Entendo que “Five Nights at Freddy’s” se tornou um dos jogos de vídeo game mais populares dos últimos anos. Particularmente, nunca joguei e não conheço absolutamente nada do material original, portanto, meu comentário será de uma pessoa leiga no assunto e que foi assistir ao filme de coração aberto como parte do público geral.

Infelizmente, “Five Nights at Freddy’s” não vale nem o esforço da intenção. Duvido que seja fiel à essência do vídeo game, pois caso seja, é difícil entender como algo tão genérico e sem criatividade ganhou a graça do público. Ao menos como filme, o longa da diretora Emma Tammi é tão clichê e previsível que absolutamente tudo nele soa como um desperdício de boas intenções. São tentativas de susto que nem uma criança de 8 anos arrepia, e nem como uma aventura/terror oitentista o filme engata.

Apostando em uma classificação para 14 anos no Brasil (e nos EUA para 13), o filme claramente aproveita o sucesso do jogo para levar todos os tipos de público para o cinema, e tal estratégia deu super certo já que a produção estreou com impressionantes $80 milhões na América do Norte (onde também foi lançado simultaneamente no serviço de streaming Peacock).

No entanto, a faixa etária tira toda e qualquer diversão gore que o material poderia proporcionar, e ao fim, temos um filme que utiliza mais do mesmo para entregar uma história nada envolvente ou empolgante. Com o passar da projeção o marasmo vai tomando conta com força em uma chatice arrastada e esquecível.

Five Nights at Freddy’s/EUA – 2023

Dirigido por: Emma Tammi

Com: Josh Hutcherson, Elizabeth Lail, Matthew Lillard…

Sinopse: Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim é a primeira adaptação cinematográfica da famosa franquia homônima de jogos lançada em 2014 e criada por Scott Cawthon. Dirigido por Emma Tammi (Terra Assombrada, Fair Chase), a história se passa em um restaurante familiar tipicamente americano chamado Freddy Fazbear’s Pizza, que está atualmente desativado, e acompanha Mike Schmidt (Josh Hutcherson), um jovem que está passando por alguns problemas financeiros. Felizmente, ele vê a resposta para seus problemas ao ser contratado para trabalhar como o vigia noturno da pizzaria. Criado por Henry Emily e William Afton, o lugar costumava ser muito famoso por seus característicos robôs animados, que eram o rosto do local e faziam a festa das crianças durante o dia. Porém, quando o sol se põe e a escuridão da noite chega, um segredo obscuro e mortal é revelado: os bonecos animatrônicos ganham vida, transformando-se em assassinos psicopatas e partindo em uma violenta matança.

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Opinião: A Freira 2 (2023)

Vou aproveitar este meu comentário sobre “A Freira 2” para falar um pouco sobre o atual cinema de terror. Quando você já assistiu a vários filmes do gênero torna-se mais do que óbvio, e previsível, os chamados jumpscares, que são aqueles momentos onde algum personagem aparece de repente gritando na sua cara, ou a trilha sonora solta algum tipo de barulho que te assusta. A questão é que a maioria dos filmes atuais apostam na repetição destas ideias e esquecem de trabalhar suas histórias.

Hoje, a maioria dos filmes de terror se utilizam destes sustos rápidos para vender a ideia de um ‘filme assustador’, mas deixam de trabalhar uma história realmente interessante que irá ficar com o público após a subida dos créditos. Filmes de terror assustadores são aqueles que conseguem trabalhar o seu psicológico e colocar uma tensão angustiante por causa de seu bom texto, que unidos ao jumpscare, entrega um resultado muito mais impactante e significativo. Obras clássicas como “O Exorcista” ou “O Iluminado” duram até hoje porque não se contentaram com sustos previsíveis e corriqueiros, mas possuem uma história dramática tensa e instigante que nos coloca em meio ao conflito. Até mesmo obras recentes como “Corrente do Mal”, “Sorria” e “Fale Comigo” conseguiram um resultado bem superior do que a maioria.

Já esta franquia “Invocação do Mal”, que começou com dois filmes competentes lançados em 2013 e 2016, logo se tornou uma mera máquina de fazer dinheiro da Warner Bros. sem nenhum tipo de preocupação em trabalhar uma história interessante. Todos os derivados como os filmes de “Annabelle”, “A Freira”, “A Maldição da Chorona” e até “Invocação do Mal 3” são exemplares bestas que se utilizam das mesmas táticas de sustos clichês, previsíveis e repetitivos.

Neste “A Freira 2” temos outra história que não foge muito da mesma dinâmica do longa antecessor, e que se utiliza da imagem icônica do espírito para repetir o mesmo padrão de sustos com gritos para a câmera, trilha incisiva, etc. É um arroz com feijão que pode agradar pessoas menos exigentes, mas depois de assistir a tantos filmes do gênero, particularmente, este arroz com feijão já não soa tão saboroso assim.

The Nun 2/EUA – 2023

Dirigido por: Michael Chaves

Com: Taissa Formiga, Jonas Bloquet, Bonnie Aarons, Storm Reid…

Sinopse: A Freira 2 é o segundo capítulo da história de A Freira (2018), que faz parte do universo da franquia Invocação do Mal. No primeiro filme, após uma freira cometer suicídio em um convento na Romênia, o Vaticano envia o atormentado Padre Burke (Demián Bichir) e uma noviça, Irmã Irene (Taissa Farmiga), para investigar o ocorrido. Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano no local, confrontando uma força do mal que assume a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento em um campo de batalha espiritual. Agora, na continuação, anos após os acontecimentos do primeiro filme, um padre é assassinado e parece que o mal está se espalhando por toda a região. Novamente acompanhamos a Irmã Irene quando, após pensar ter escapado por pouco de Valak, a entidade demoníaca, ela é forçada a enfrentar o poderoso e macabro inimigo mais uma vez.

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Opinião: Fale Comigo (2023)

Talk To Me/AUSTRÁLIA, REINO UNIDO – 2023

Dirigido por: Michael e Danny Philippo

Com: Sophie Wilde, Ari McCarthy, Joe Bird, Miranda Otto…

Sinopse: No terror Fale Comigo, da A24, conjurar espíritos tornou-se a última moda nas festas locais e, procurando uma distração no aniversário de morte da mãe, Mia está determinada a participar da trend. Na trama, acompanhamos o grupo de amigos que encontra uma misteriosa mão embalsamada e descobre que ela permite invocar espíritos. Como é de se esperar, todos ficam muito empolgados com a nova descoberta, mas não demora muito até que a brincadeira tome um rumo extremamente perigoso quando um deles acaba indo longe demais e, por acidente, abre uma porta para o mundo espiritual. Agora, com todos altamente vulneráveis a várias ameaças aterrorizantes, cada um dos amigos será obrigado a lidar com uma difícil escolha, descobrindo em quem devem confiar: nos mortos da outra dimensão ou nos vivos. Protagonizado por Sophie Wilde, Miranda Otto, Alexandra Jensen, Joe Bird, Otis Djanji e Zoe Terakes, o filme é dirigido pela dupla de estreantes em longas-metragens, Danny e Michael Philippou.

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Opinião: O Exorcista do Papa (2023)

Confesso que gostei de “O Exorcista do Papa” mais do que imaginava. E confesso que só quis ver no cinema por causa única e exclusivamente de Russell Crowe, já que achava que o longa seria um exemplar qualquer de exorcismo.

No entanto, apesar de possuir todos os clichês esperados do gênero, o filme possui alguns momentos que abraça a aventura fantástica e parte para uma luta do bem contra o mal no melhor estilo Indiana Jones misturado com Constantine (o final dentro de um templo escondido no subterrâneo só comprova essa guinada da história). Em minha opinião, tal escolha fez do filme uma prazerosa aventura/suspense/terror ancorada no talento hipnotizante de Crowe, que consegue ser intenso, sutilmente divertido e interessante a cada nova cena.

No filme, Crowe interpreta o padre italiano da vida real Gabriele Amorth, que em 1986 foi nomeado o exorcista oficial do Vaticano e guardou tal título até sua morte em 2016. A história do longa se baseia em arquivos reais do padre, mas claro, são apenas inspirações já que a produção abraça o exagero visual para fins dramáticos e com a intenção de proporcionar uma experiência mais eletrizante, e instigante, para o público.

E se os produtores forem espertos, eles vão saber usar o personagem de Crowe para futuros filmes com o padre buscando templos perdidos carregados de demônios aprisionados, pois como já dito anteriormente, aqui em “O Exorcista do Papa” o roteiro de Michael Petroni, Evan Spiliotopoulos e Alex Esssoe abraça este lado da história mesclada com o místico e embalada com filme de exorcista e uma pitada dos já citados Indiana Jones e Constantine. É uma salada feita com eficiência pelo diretor Julius Avery, e o resultado é um filme deveras divertido e envolvente de assistir. Não reinventa a roda, mas vale cada minuto do entretenimento – e pelo Russell Crowe, claro! Recomendado!

The Pope’s Exorcist/EUA – 2023

Dirigido por: Julius Avery

Com: Russell Crowe, Daniel Zovatto, Alex Ressoe, Franco Nero, Laurel Marsden, Peter DeSouza-Feighoney…

Sinopse: Retrato de uma figura da vida real Padre Gabriele Amorth, um padre que atuou como exorcista-chefe do Vaticano e que realizou mais de 100.000 exorcismos em sua vida. (Ele faleceu em 2016 aos 91 anos.) Amorth escreveu dois livros de memórias – Um Exorcista Conta Sua História e Um Exorcista: Mais Histórias – e detalhou suas experiências lutando contra Satanás e demônios que agarraram as pessoas em seu mal.

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Opinião: Halloween Ends (2022)

“Halloween Ends” é um filme tão medíocre que nem vale o esforço de perder tanto tempo falando sobre. Mas vamos lá! O diretor David Gordon Green reiniciou a franquia de maneira voraz e eletrizante com o “Halloween” de 2018 – e que é também uma sequência direta do clássico de 1978. Depois abraçou uma trama que não agrega em nada com uma continuação pífia de 2021 intitulada “Halloween Kills”, e agora, toma novamente decisões erradas que tiram completamente o foco do que é realmente importante neste que está sendo vendido como “o desfecho da franquia”, porém, o longa desperdiça seus personagens mais fortes e aqueles que são os mais interessados pelo público. 

Hollywood frequentemente insiste em explorar “aprendizes” para continuar mantendo a chama acesa de uma propriedade intelectual famosa. Mas “Halloween” merecia um final melhor, ao menos para os personagens clássicos da franquia como Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) e o próprio Michael Myers (James Jude Courtney). No entanto, grande parte do investimento desta nova produção é em construir um possível novo assassino com um adolescente que ninguém se importa, tirando assim, o foco central do desfecho da longa trajetória de Strode com Myers.

Ao fim, o “Ends” (Fim) do título até chega a acontecer para Strode e Myers, mas tudo jogado e apressado em um desfecho que apesar de bem filmado, quando chega o expectador já esta de saco cheio. “Halloween Ends” comprova a teimosia de Hollywood em repetir erros há bastante tempo cometidos, e repudiados pela plateia. Tentativas de trazer uma “versão mais jovem” do personagem central em momentos onde o interesse da plateia está longe de ser este. É tratar o público como idiota e um desrespeito, principalmente, para os fãs de uma das franquias de terror mais importantes do cinema. Um dos piores filmes de 2022! 

Halloween Ends/EUA – 2022

Dirigido por: David Gordon Green

Com: Jamie Lee Curtis, James Jude Courtney, Andi Matichak, Rohan Campbell…

Sinopse: Em Halloween Ends, quatro anos após os eventos de Halloween Kills: O Terror Continua (2021), Laurie (Jamie Lee Curtis) agora vive com sua neta Allyson e está terminando seu livro de memórias. Michael Myers nunca mais foi visto. Depois de permitir que a sombra de Michael pairasse ao longo de sua existência por décadas, ela finalmente decidiu se libertar do medo e da raiva e se voltar para a vida. Mas quando um jovem, Corey Cunningham, é acusado de ter assassinado um menino de quem cuidava, uma onda de terror e violência pairam sobre a cidade, forçando Laurie a se juntar com outras pessoas para combater o mal. Mas dessa vez, Laurie terá de lidar com Myers e acabar com ele, de uma vez por todas, para que o mal nunca mais volte para a cidade e ela possa, enfim, ter uma vida normal e sem medo, promovendo a paz para sempre.

Halloween Ends tem novo pôster divulgado e lançamento simultâneo em streaming
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Opinião: O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno de Leatherface (2022) – Netflix

Dirigido por David Blue Garcia e com história e produção de Fede Alvarez (que dirigiu os ótimos “A Morte do Demônio” e “O Homem nas Sombras”), este novo “O Massacre da Serra Elétrica”, lançado pela Netflix, é uma continuação direta do antigo filme slasher de 1974. O clássico mudou o cinema ao apresentar com visceralidade um assassino sem rosto e sem freios, como foi também o primeiro desta leva de filmes de terror slasher que matam adolescentes – um estilo que dominou Hollywood nos anos 80 com “A Hora do Pesadelo”, “Sexta-Feira 13”, “Halloween”, “A Morte do Demônio” e depois na década de 90 com o cheio de metalinguagem “Pânico”.

A história acompanha um grupo de adolescentes em uma cidade interiorana do Texas, que estão ali com a intenção de abrir um restaurante e comprar outras propriedades na região para reconstruir a cidade. Mas lá se encontra o assassino Leatherface, que estava escondido por 50 anos, e após uma tragédia em sua vida, ele volta a ligar a motoserra.

As intenções dos realizadores até podem ser boas, sem dúvida o filme possui uma produção competente e sutis homenagens ao clássico filme setentista, mas o roteiro é tão mal escrito, sem personalidade e cheio decisões equivocadas que o resultado passa longe de ser instigante e divertido. É uma sucessão de decisões estúpidas e sem sentido que torna o suspense rísivel, e os personagens mais ainda. Além de não fazer sentido um assassino sem nenhum tipo de cuidado em esconder os seus rastros ficar solto por 50 anos – principalmente quando no próprio filme o roteiro mostra como o massacre de 1974 impactou o Texas e repercutiu em todo o país (fizeram até um documentário sobre!).

Assim como os recentes “Halloween”, este “O Retorno de Leatherface” também traz uma personagem do original, a única sobrevivente daquele filme Sally Hardesty (interpretada aqui por Olwen Fouéré). Mas enquanto “Halloween” coloca sua Jamie Lee Curtis na posição de heróina e com destaque nos novos longas, Fouéré é desperdiçada servindo apenas como muleta de roteiro, além de ser uma personagem estúpida e pouco impactante.

A realidade é que estas histórias de chacina adolescente já estão saturadas, e os filmes já não possuem mais nenhuma novidade – principalmente quando os próprios roteiros insistem no óbvio. “O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno de Leatherface” segue o mesmo modelo sem criatividade, e perde a oportunidade de se aprofundar melhor na história de seu icônico assassino.

The Texas Chainsaw Massacre/EUA – 2022

Dirigido por: David Blue Garcia

Com: Sarah Yarkin, Elsie Fisher, Mark Burnham, Olwen Fouéré

Sinopse: O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface é uma sequência aterrorizante que acompanha um grupo de jovens em uma cidade do Texas, cenário perfeito para mais um massacre a ser realizado por Leatherface. Depois de quase 50 anos escondido, o assassino volta a aterrorizar a todos, quando jovens empreendedores viajam a negócios para a cidade fantasma de Harlow, no Texas, com a finalidade de leiloar propriedades antigas e criar uma área moderna e fortemente gentrificada. Quando a iniciativa dos forasteiros não agrada, todos acabam envolvidos em um passado mal resolvido, não demorando muito para que estejam lutando por suas vidas.

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Opinião: Halloween Kills – O Terror Continua (2021)

O filme “Halloween” lançado em 2018 foi positivamente surpreendente por conseguir entregar um suspense competente que é continuação direta do clássico homônimo lançado em 1978 e que introduziu o assassino Michael Myers para o mundo. Além de trazer Jamie Lee Curtis de volta como Laurie Strode, que era a protagonista  adolescente virgem e inocente do original, e agora é uma mulher com sede de vingança para resolver as contas com Myers.

O filme de 2018 tem o coração no lugar certo e o diretor David Gordon Green (que retorna para este novo filme) resgata com sobriedade o legado de uma franquia que nos anos posteriores ao filme original só caiu no limbo. Uma continuação direta da trama principal é um motivo interessante, principalmente com personagens já mais velhos e cheios de cicatrizes por causa dos atos desumanos de Myers.

Esta continuação intitulada (e terceira filme na ordem cronológica) “Halloween Kills – O Terror Continua” segue a história do filme de 2018 exatamente no mesmo instante em que este terminou, com Myers sendo deixo para queimar no incêndio na casa de Laurie. Mas, claro, ele sobrevive e ao continuar sua onda de crimes pela cidade de Haddonfield, irá despertar em seus moradores um desejo por justiça em se vingar do assassino.

Assistir a este “Halloween Kills” é como estar dirigindo por uma estrada sem ter destino ou objetivo algum. É repetitivo, é cansativo e parece nunca ter fim. Se o filme de 2018 possui intenções claras do que deseja fazer, esta continuação segue sem rumo e não sabe como criar algo diferente sem apelar para situações repetitivas e dramas cafonas. Além de colocar Michael Myers como um ser sobrenatural poderoso (ainda que não fale diretamente isso) sem fraquezas ou um desenvolvimento que o torne um personagem mais interessante. Seguir matando gente por matar já está ficando saturado e nada imaginativo, principalmente quando você afasta dele a relação com Jamie Lee Curtis, que é justamente a ligação emocional tanto com o primeiro filme, como também com a sintonia entre ambos os personagens (Curtis é relegada a coadjuvante de luxo com cenas dentro de um hospital – um desperdício já que ela é a melhor e mais interessante atriz de todo o elenco).

Infelizmente, como bem escancara o final, “Halloween Kills – O Terror Continua” é apenas uma deixa de uma hora e meia para um terceiro filme. Uma enrolação nada criativa ou empolgante. Infelizmente.

Halloween Kills/EUA – 2021

Dirigido por: David Gordon Green

Com: Jamie Lee Curtis, Judy Greer, Andi Matichak, James Jude Courtney…

Sinopse: Em Halloween Kills: O Terror Continua, depois de quatro décadas se preparando para enfrentar Michael Myers, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) acredita que enfim venceu. Minutos depois de deixar o assassino queimando, Laurie vai direto para o hospital com ferimentos graves de vida ou morte. Mas quando Michael consegue escapar da armadilha de Laurie, sua vingança e desejo por um banho de sangue continua. Enquanto Laurie luta contra a dor, ela tem que se preparar mais uma vez para se defender de Michael e consegue fazer toda a cidade de Haddonfield se juntar para lutar contra o monstro. Mulheres se juntam e formam um grupo de vigilantes que vão atrás de Michael e acabá-lo de uma vez por todas, garantindo o retorno de um Halloween tranquilo e paz na cidade.

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Opinião: Maligno (2021)

O diretor James Wan ganhou notoriedade quando lá em 2004 dirigiu o primeiro “Jogos Mortais”. O hit do terror gore, ainda hoje, continua uma obra angustiante, visualmente desconfortante e com uma crítica social interessante por dentro de sua trama repleta de decapitações e sangue (algo que se perdeu ao longo das diversas continuações). Depois disso, Wan retorna ao gênero em 2010 com o sucesso comercial “Supernatural”, e em 2013 crava uma nova franquia de terror no cinema com o ótimo “Invocação do Mal”. A partir daí, a carreira de Wan foi para outros caminhos e ele se mostrou um ótimo diretor de ação em “Velozes e Furiosos 7” (o melhor da franquia, em minha opinião) e depois entrou no mundo dos super-heróis com o empolgante e divertido “Aquaman”.

É importante relembrar a carreira de James Wan para perceber que, não importa o estilo, Wan é um apaixonado por cinema e entende o que é necessário para fazer funcionar um filme dentro de seu respectivo gênero. Podem não ser perfeitos, mas ele sempre proporciona algo, no mínimo, eficiente e competente. Após cinco anos desde que dirigiu um filme de terror (“Invocação do Mal 2”), ele retorna ao gênero com este “Maligno” e entrega uma salada de situações que apesar de estranhas, ao fim, funcionam bem.

Desta vez, Wan explora não somente as clássicas características da casa assombrada, mas o faz sem perder muito tempo com isso e logo injeta outros elementos que flertam minimamente com a ficção científica, e depois com o cinema de monstro gore que marcou muitos clássicos dos anos 60 e 70 em diante. Gosto da objetividade da história e de como Wan prioriza o ritmo da narrativa, sem falar da criatividade com que utiliza a câmera em determinadas sequências.

O filme não é perfeito e possui algumas resoluções fáceis, outras inexplicáveis que enganam de mal gosto o público, e outras escolhas de enredo que soam bobas e risíveis. Mas no geral, quando de fato se assume algo completamente inesperado para o público, o filme se torna estranhamente divertido e envolvente. É uma salada que nos trancos e barrancos funcionou para mim, e entendi as intenções de criar uma obra com um tipo de terror pouco visto hoje em dia.

Disponível nos cinemas e logo no HBO Max, “Maligno” pode não ser perfeito, mas é intrigante o suficiente para divertir e estranhamente surpreender.

Malignant/EUA – 2021

Dirigido por: James Wan

Com: Annabelle Wallis, George Young, Maddie Hasson…

Sinopse: Paralisada por visões chocantes de assassinatos brutais, Madison logo descobre que seu tormento irá piorar quando percebe que esses sonhos lúcidos são realidades.

Malignant (2021) - IMDb
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Opinião: Espiral – O Legado de Jogos Mortais (Spiral)

“Espiral” poderia muito bem se chamar “Jogos Mortais” com algum subtítulo qualquer, já que o longa é cheio de repetições e ideias ancoradas no mesmo universo. Temos Chris Rock Samuel L. Jackson que trazem evidência para um elenco que nos filmes anteriores nunca teve atores conhecidos, e por mais que a história até tente seguir caminhos distintos com momentos mais investigativos, ao fim “Espiral” nunca sai da sombra da franquia iniciada em 2004.

Rock interpreta Zeke Banks, policial que está sendo alvo de recriminação dos colegas após ter relatado o comportamento de um policial corrupto. Certo tempo depois, vários policiais deste distrito começam a morrer de forma violenta, e acredita-se que o sujeito seja um copiador de Jigsaw (essa trama até já foi feita no filme anterior chamado “Jogos Mortais – Jigsaw”). Mas assim que as investigações avançam, Zeke vai perceber que as vítimas são pessoas próximas e relacionadas a ele.

O primeiro “Jogos Mortais” é excelente e nos entrega uma experiência repleta de angústia e sadismo, e com um final surpreendente. O segundo também vale a pena pois mantém coerência e continuidade com o longa anterior. Mas do terceiro filme em diante tudo se torna mais do mesmo, e apenas meras justificativas para cenas de violência gráfica e sanguinolência.

Em “Espiral”, a ideia vendida foi a de um filme que iria trazer um conceito novo para a franquia, mas como já dito, a obra em nenhum momento se desprende de “Jogos Mortais” e opta por caminhos comuns e repetitivos que já não causam mais impacto. O retorno do diretor Darren Lynn Bousman à franquia é outra confirmação da falta de desejo do filme em andar com as próprias pernas, já que Bousman também dirigiu “Jogos Mortais 2, 3 e 4”.

E se você gosta do gênero e assiste com frequência filmes investigativos, logo vai entender o mistério e descobrir quem é o assassino. O enredo segue uma fórmula tão previsível que na sequência como apresenta os assassinatos entrega de bandeja o culpado para o público. Só prestar atenção.

Em exibição nos cinemas, “Espiral – O Legado de Jogos Mortais” é outro exemplar fraco, esquecível e descartável de uma franquia que nem divertir sadicamente consegue mais.

Spiral – From The Book of Saw/EUA – 2021

Dirigido: Darren Lynn Bousman

Com: Chris Rock, Samuel L. Jackson, Max Minghella…

Sinopse: Em Espiral – O Legado de Jogos Mortais, o detetive Ezekiel “Zeke” Banks (Chris Rock) se une ao seu parceiro novato Willem (Max Minghella) para desvendar uma série de assassinatos terríveis que estão acontecendo na cidade. Durante as investigações, Zeke acaba se envolvendo no mórbido jogo do assassino. Ele percebe que o serial killer é um imitador determinado a seguir os passos do assassino Jigsaw (Tobin Bell).

Espiral – O Legado de Jogos Mortais ganha pôster e nova data de estreia no  Brasil - NerdBunker
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Opinião: Rogai Por Nós (The Unholy)

Confesso que as vezes fico sem saber o que falar sobre alguns filmes, principalmente dentro do gênero de terror cuja maioria atualmente soa como uma repetição do anterior. Sempre os mesmos tipos de susto, sempre as mesmas tomadas de câmera, sempre o mesmo padrão de mistério que de alguma forma resulta em descobertas sobrenaturais.

“Rogai Por Nós” até possui uma fotografia muito bem feita, com uso de cores e enquadramentos bem realizados, mas o filme dirigido por Evan Spiliotopoulos e estrelado por Jeffrey Dean Morgan não foge do comum, e ainda demora para engatar um ritmo que faça valer a espera pela entrega.

Na trama, Dean Morgan é um jornalista sem prestígio que vai parar em uma cidadezinha e lá se depara com o caso de uma jovem com problemas auditivos que é curada milagrosamente. Ela começa a falar e diz conversar com a Virgem Maria. Com poderes de cura, tanto a jovem quanto o local passam a atrair a atenção de milhares de pessoas que encontram nela uma razão para resolver seus problemas. Mas, obviamente, nada é o que parece e tudo envolve uma mistério que começou há quase duas décadas atrás, e uma entidade que não é, necessariamente, a Virgem Maria.

“Rogai Por Nós” possui uma premissa que fala de fé, e como muitas pessoas estão suscetíveis a acreditar em autointitulados profetas que mostram ao mundo “poderes de cura” e palavras de consolo (né, Brasil?). A ideia é bacana e tem material não apenas para um terror envolvente, como também para discussões válidas sobre o assunto. Mas o roteiro, também escrito pelo diretor Evan Spiliotopoulos, não sabe esconder os mistérios e tudo fica tão óbvio desde sempre que o filme pouco consegue prender o interesse.

O próprio terror não surte efeito já que aposta em soluções comuns do gênero e já vistas em centenas de outros filmes. Ou seja, “Rogai Por Nós” é um desses exemplares esquecíveis que logo após o término se esvai da memória.

The Unholy/EUA – 2021

Dirigido por: Evan Spiliotopoulos

Com: Jeffrey Dean Morgan, Cricket Brown, William Sadler…

Sinopse: Rogai por Nós conta a história de Alice, uma jovem com deficiência auditiva que, após uma suposta visita da Virgem Maria, é inexplicavelmente capaz de ouvir, falar e curar os enfermos. À medida que a notícia se espalha e pessoas de perto e de longe se reúnem para testemunhar seus milagres, um jornalista decadente (Jeffrey Dean Morgan), que espera reviver sua carreira, visita a pequena cidade da Nova Inglaterra para investigar o fenômeno. Quando eventos terríveis começam a acontecer por toda parte, ele começa a questionar se esses fenômenos são obras da Virgem Maria ou algo muito mais sinistro.

The Unholy Movie Poster (#2 of 2) - IMP Awards