Opinião: Batman (2022)

Vamos tirar o elefante da sala: este “Batman” com Robert Pattinson vai desagradar quem espera um filme com muita ação e, digamos, ‘super-heróico’, como foram as iterações anteriores do personagem. Não temos isso aqui. “Batman”, ou “The Batman” no original, é um noir investigativo de ponta a ponta e uma obra totalmente centrada nas nuances e resoluções investigativas da caçada à um assassino. Se não têm paciência para filmes do estilo, não precisa arriscar.

Inspirado por “O Longo Dia das Bruxas” (uma das graphic novels mais populares do Homem-Morcego), e em filmes clássicos como “Chinatown”, “Operação França”, “Seven – Sete Crimes Capitais” e “Zodíaco”, o diretor Matt Reeves foge totalmente do que já foi feito antes. Com mais de 80 anos de existência, Batman é o super-herói com maior capacidade de renovação. Reeves comprova a longevidade do personagem e suas qualidades de se reinventar a cada nova adaptação. Tim Burton criou o seu gótico fantástico, Joel Schumacher uma fantasia cartoonesca e colorida, Christopher Nolan um thriller de ação policial realista e intenso, e Zack Snyder inseriu o personagem em um mundo de deuses e monstros.

Desta vez, Reeves abraça o lado investigativo do personagem e constrói não apenas um filme mais lento – porém, cheia de propósito e intenções claras – como também apresenta o Bruce Wayne mais angustiado e dramático até hoje. Pattinson encarna um sujeito sem tempo para vida social, sem felicidade e extremamente machucado pelo passando que o atormenta. E quando segredos nada favoráveis sobre sua família aparecem, a reclusão e a figura do Batman se tornam o único refúgio.

A direção de Reeves é claustrofóbica. A direção de arte é densa e possui um escuro que causa angústia e sofrimento, e Reeves frequentemente opta por cenas desfocadas ou takes estáticos, bem fechados nos personagens e borrados ao fundo.

O elenco é formidável. Pattinson convence como um personagem amargurado e sem esperança (ainda que engessado e monótono), mas carregado de ódio e vingança (um tema importante para o amadurecimento do protagonista). E atores como Andy Serkis, Zoë Kravitz, John Turturro, Jeffrey Wright e Peter Sarsgaard brilham em seus respectivos papéis. Mas preciso fazer dois destaques: Colin Farrell como Pinguim é uma maravilha inesquecível, e o ator não apenas transmite com maestria o lado bufão do personagem, como também suas ambições criminosas no submundo de Gotham (além da maquiagem excepcional). E Paul Dano como Charada é uma força da natureza que carrega tensão, medo e imprevisibilidade.

Repito: se você quer um filme do Batman cheio de ação e situações ‘quadrinhescas’, sugiro que fique com os filmes anteriores. “Batman” de Matt Reeves é outra proposta – ousada até para um personagem tão comercial e popular -, e carregada de estilos singulares e visualmente belíssimos. Por um lado, o filme carece de momentos de ação marcantes que ajudem na escalada da empolgação (algo que Nolan fez com primor em sua trilogia). Mas esta é a grandeza de um personagem como o Batman: ter a capacidade de ser reinventado em estilos completamente diferentes, mas sem perder a essência do que é o personagem. Mais uma vez, a DC sai da zona de conforto e entrega outro filmaço.

The Batman/EUA – 2022

Dirigido por: Matt Reeves

Com: Robert Pattinson, Zoë Kravitz, Paul Dano, Jeffrey Wright, John Turturro, Colin Farrell, Andy Serkis…

Sinopse: Batman (The Batman, no original) segue o segundo ano de Bruce Wayne (Robert Pattinson) como o herói de Gotham, causando medo nos corações dos criminosos, levando-o para as sombras de Gotham City. Com apenas alguns aliados de confiança – Alfred Pennyworth (Andy Serkis) e o tenente James Gordon (Jeffrey Wright) – entre a rede corrupta de funcionários e figuras importantes da cidade, o vigilante solitário se estabeleceu como a única personificação da vingança entre seus concidadãos. Mas em uma de suas investigações, Bruce acaba envolvendo o Comissário Gordon e ele mesmo em um jogo de gato e rato ao investigar uma série de maquinações sádicas, uma trilha de pistas enigmáticas, revelando que Charada estava por trás disso tudo. Porém, a investigação acaba o levando a descobrir uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família, pondo em risco sua própria integridade e as memórias que tinha sobre seu pai, Thomas Wayne. Conforme as evidências começam a chegar mais perto de casa e a escala dos planos do perpetrador se torna clara, Batman deve forjar novos relacionamentos, desmascarar o culpado e fazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito tempo assola Gotham City.

Batman (1966) – Especial Batman

Para hoje em dia o Batman da série de TV dos anos 60 é ridículo e cafona, mas na época era coisa séria e importante. O seriado foi essencial para tornar o Batman e seus vilões populares no mundo inteiro, e o show dava tanta audiência que eles fizeram um filme longa-metragem para o cinema em 1966, onde reunia todos os vilões clássicos da série em um confronto épico contra o Homem Morcego e o seu pupilo Robin.

A série, ou este filme de 66, precisa ser encarado com olhos diferentes. É necessário entender a época e as intenções da produção de criar um programa mais lúdico e colorido para toda a família – e inspirado nas primeiras HQs do personagem que tinha um estilo mais infantil (o tom soturno foi aparecer nos anos 70, quando o personagem foi revitalizado por nomes como Frank Miller, por exemplo).

Ridiculamente exagerado e intencialmente cômico, “Batman” de 1966 é um deleite e uma diversão leve que exala a inocência de uma época onde não existia tantas exigências e chatices de fãs.

Disponível para assistir no STAR+.

Batman/EUA – 1966

Dirigido por: Leslie H. Martinson

Com: Adam West, Burt Ward, Cesar Romero, Burgess Meredith, Frank Gorshin…

Sinopse: Em Gotham City, Charada (Frank Gorshin), Pinguim (Burgess Meredith), Coringa (Cesar Romero) e Mulher-Gato (Lee Meriweather) roubam uma invenção secreta e planejam usá-la de forma maléfica. Além disto, planejam também destruir o Homem-Morcego e o Menino-Prodígio.

Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016) – Especial Batman

Eu gosto bastante de “Homem de Aço” que deu início ao Universo Compartilhado DC no cinema. E as expectativas para a continuação – com o Batman – eram enormes. Afinal, nunca antes tivemos os dois super-heróis mais famosos do planeta juntos na telona. No entanto, o resultado é um filme que quer ser muita coisa ao mesmo tempo e atira no próprio pé pelo excesso de informação.

O Lex Luthor de Jesse Einsenberg é execrável. O final com o Apocalipse é uma vergonha. O Superman é só depressão e só sabe salvar a Lois Lane (que, aliás, é insuportável neste filme). E apesar de gostar do Batman de Ben Affleck, ele aqui é um detetive meio bobo que não condiz tanto com a fama do personagem.

Mas, em contrapartida, o diretor Zack Snyder sabe criar alguns momentos visualmente lindos. A cena de ação do Batman salvando a mãe do Superman, por exemplo, é um primor de execução e uma das melhores cenas com o Homem Morcego até hoje. Mas tais momentos não são o bastante para apagar outras escolhas equivocadas de um roteiro raso, superficial e cafona – a resolução com o nome da mãe dos protagonistas é vergonhosa (ainda que uma curiosidade válida).

Emfim, há qualidades e boas intenções, mas Snyder quando está solto demais pode exagerar e ir além do necessário. Às vezes dá certo como em “Homem de Aço”, mas em outras ocasiões vira uma bagunça cheia de equívocos como “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça”.

Batman v Superman: Dawn of Justice/EUA

Ano: 2016

Dirigido por: Zack Snyder

Com: Henry Cavill, Ben Affleck, Jesse Einsenberg, Amy Adams, Diane Lane, Gal Gadot…

Sinopse: Em Batman Vs Superman – A Origem Da Justiça, o confronto entre Superman (Henry Cavill) e Zod (Michael Shannon) em Metrópolis fez com que a população mundial se dividisse acerca da existência de extra-terrestres na Terra. Enquanto muitos consideram o Superman como um novo deus, há aqueles que consideram extremamente perigoso que haja um ser tão poderoso sem qualquer tipo de controle. Bruce Wayne (Ben Affleck) é um dos que acreditam nesta segunda hipótese. Sob o manto de um Batman violento e obcecado, ele investiga o laboratório de Lex Luthor (Jesse Eisenberg), que descobriu uma pedra verde que consegue eliminar e enfraquecer os filhos de Krypton.

Batman e 12 crossovers inusitados

BATMAN E SCOOBY-DOO

Batman e Scooby-Doo já se encontraram em várias ocasiões. Antigamente o Homem-Morcego e Robin apareceram no desneho de Hannah Barbera para ajudar Scooby e seus amigos a desvendar um mistério. Mais recente, eles se uniram em um episódio da série “Batman: Bravos e Destemidos”. Crossover já aconteceu também nos quadrinhos.

BATMAN E SHERLOCK HOLMES

Em um desses encontros impensáveis, eis que Batman se junta a Sherlock Holmes e Dr. Watson! O primeiro crossover foi em 1987, nas páginas de Detective Comics #572, edição comemorativa de 50 anos da publicação, com direito a participação de outros dois famosos detetives da DC: o Homem-Elástico e Slam Bradley. No Brasil, a trama foi publicada em 1988, nas páginas de Batman (2ª série) #13, pela Editora Abril.

Já o segundo encontro foi em 2009, na série animada “Batman: Os Bravos e Destemidos”, no episódio “Trials of the Demon!”, que envolve viagem no tempo, Batman com o visual de Gotham City 1889 e até Etrigan, o Demônio.

BATMAN E AS TARTARUGAS NINJA

Teve uma animação lançada com Batman e as Tartarugas Ninja, e o encontro também já aconteceu nos quadrinhos. Escrito por James Tynion IV em 6 edições, a DC Comics e a IDW se uniram para o crossover inimaginável. Em Gotham City, uma série de ataques mortais leva Batman a acreditar que ele está contra um grupo de ninjas altamente treinados, conhecido como o Foot Clan! De alguma forma, eles passaram para outra dimensão e estão determinados a tirar proveito da situação enquanto procuram voltar para casa. Leonardo, Rafael, Donatello e Michelangelo estão em sua trilha. Curioso e inusitado, sem dúvida!

BATMAN E HULK

Quem disse que Marvel e DC não trabalham juntas? Nesta história, o Figurador empregou o Coringa para ajudá-lo a reunir peças lhe são de seu interesse. Mas um dos laboratórios invadidos pelo Palhaço do Crime pertence a Bruce Wayne e ele emprega um cientista chamado Bruce Banner. O encontro aconteceu em DC Special Series #27, escrita por Len Wein e desenhada por Jose Luis Garcia Lopez. Na HQ, Hulk é enganado pelo Coringa, que o faz acreditar que Batman é o verdadeiro inimigo. 

BATMAN E JUSTICEIRO

Lançado em 1994, com roteiro de Chuck Dickson (responsável pela criação do vilão Bane) e arte de John Romita Jr e Klaus Jason  (arte final da revista, Esse encontro da Marvel e da DC talvez seja um dos mais interessantes já lançados. Primeiro porque ambos possuem uma história de origem trágica que envolve a perda da família. Mas como cada um reage a isso é o diferencial.

BATMAN E CAPITÃO AMÉRICA

Lançado em 1996 e com roteiro de John Byrne, a história conta a necessidade do governo de chamar Steve Rogers para investigar secretamente o envolvimento do Coringa e Bruce Wayne em um grande esquema de crimes e corrupção. Portanto, como não dá para mandar no Batman, logo cabe ao Capitão descobrir se há envolvimento dos dois nesses crimes.

BATMAN E DEMOLIDOR

Lançado em 2000,e escrito por Alan Grant com a arte de Eduardo Barreto, temos aqui uma HQ que mostra a união dos vilões Rei do Crime e o Espantalho para tentar dominar Nova York. Para impedir tal planos, eis que Batman e Demolidor se juntam para salvar a cidade.

BATMAN E PREDADOR

Batman é atacado pelo Predador, e o corrido desperta no Homem Morcego um desejo por vingança. Escrito por Dave Gibbons e com arte de Andy e Adam Kubert, a HQ foi lançada em três edições. Inusitado, sem dúvida!

BATMAN E HOUDINI

Embora não esteja nem perto de alguns dos crossovers malucos do passado do Batman, este crossover é único por causa de uma única coisa: é entre Batman e uma pessoa real. Claro, Houdini é o exemplo de um artista de escape, e claro, se Watchmen pode colocar JFK em seu trabalho, é completamente normal ter um humano legítimo real dentro de um trabalho de ficção.

BATMAN VS ALIEN

“Batman/Aliens” é um crossover entre as franquias de quadrinhos Batman e Aliens. A história foi publicada em 1997, e uma sequência saiu em 2003. Em um mundo de super-heróis alienígenas e outros mundos, particularmente, não é tão estranho encontrar um alien pelo caminho.

BATMAN E BESOURO VERDE

Apesar de pouco divulgado, Batman e Robin já se encontraram com Besouro Verde e seu fiel parceiro Kato em um episódio da popular série do Batman de 1966. Os heróis já se reencontraram em uma minissérie dos quadrinhos dando continuidade ao crossover original.  “Batman 66 meets the Green Hornet” foi publicada em 2014, com roteiro de Kevin Smith, que desde então tenta convencer a Warner Bros. a adaptar a história para um longa-metragem animado.

BATMAN E TARZAN

Temos aqui um crossover que é bagunça total. Lorde Greystoke existe como uma espécie de Batman: um ricasso que perdeu os pais quando criança. Também há momentos em que Tarzan realmente percorre os telhados de Gotham usando apenas uma tanga e deixando as roupas normais de lado para esconder sua identidade. Enfim… Escrito por Ron Marz e com 4 capítulos, a série foi publicado em 1999.

Batman: 10 melhores filmes animados

BATMAN: A MÁSCARA DO FANTASMA (1993)

Bebendo da fonte da ótima série animada “Batman: The Animated Series”, “A Máscara do Fantasma” possui uma história engajante, objetiva e com um clima invesrtigativo cheio de imprevisibilidade e charme. Um dos melhores filmes animados do Homem Morcego!

BATMAN E MR. FREEZE – ABAIXO DE ZERO (1998)

Outro filme com uma ambientação bastante inspirada na série “Batman: The Animated Series”, aqui temos uma história intimista, mas cheia de ação e suspense. Outro ponto alto para a DC!

BATMAN DO FUTURO – O RETORNO DO CORINGA (2000)

Além da série, fizeram este filme animado do “Batman do Futuro O Retorno do Coringa” e é ótimo. Gosto das ideias e da atualização do personagem, e fico triste que não investiram mais neste mundo moderno apresentado aqui.

BATMAN – O MISTÉRIO DA MULHER MORCEGO (2003)

Uma animação que consegue manter seu suspense até o final sem perder o charme de uma história do Batman e o senso de aventura.

BATMAN: ANO UM (2011)

Baseado na clássica HQ de Frank Miller, este filme animado não alcança as mesmas notas da obra literária, mas ainda continua uma versão competente e ótima de assistir.

BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS: PARTE 1 (2012) e PARTE 2 (2013)

Outra obra de Frank Miller que mudou o Batman nos quadrinhos, aqui foi adaptado com fidelidade em um filme dividido em duas partes. Instigante, interessante e violento, a obra respeita o material original e consegue manter a tensão e o suspense até o final. Com mais ação do que a primeira parte, a continuação mantém a ótima adaptação do material de Miller – além de ter o Coringa, que sempre injeta mais insanidade e sadismo.

BATMAN: ATAQUE AO ARKHAM (2014)

É a história clássica do “Esquadrão Suicida”, que aqui recebe uma missão dentro do próprio asilo Arkham. O grupo montado por Amanda Waller está à procura do Charada, que descobriu informações secretas de uma força tarefa. O Batman aparece para impedir a explosão de uma bomba do Coringa, e tudo se mistura neste filme de animação cheio de ação, suspense e tensão. A trama é baseada no universo apresentado pelo videogame “Batman: Arkham”, e é uma continuação do jogo “Batman Arkham Origins: Blackgate”.

UM CONTO DE  BATMAN: GOTHAM CITY 1889 (2018)

“Um Conto de Batman: Gotham City 1889” é a prova de que Batman é um personagem capaz de ser reimaginado várias e várias vezes. Se passando em uma Londres vitoriana, temos uma história instigante e original com uma ambientação completamente diferente, em um filme que mescla Jack, o Estripador e o Homem Morcego.

LEGO BATMAN – O FILME (2017)

Não deixa de ser um filme de super-herói adaptado para animação, em formato Lego, dos personagens da DC. O longa possui um humor memorável e honesto. Honesto pois se assume comédia e não tem receio de reconhecer os ridículos. Não se leva a sério e não há nada do universo Batman – ou DC – que não vire piada aqui. A ação é desenfreada, insana e enche a tela com os mais diversos easter eggs do mundo do Homem Morcego. É a melhor sátira já feita com os heróis da DC em anos!

BATMAN E O LONGO DIA DAS BRUXAS PARTE 1 e PARTE 2 (2021)

Outra grande história dos quadrinhos que aqui ganha uma adaptação dividida em duas partes. Criado por Jeph Loeb e Tim Sale, “O Longo Dia das Bruxas” consagrou a dupla nos quadrinhos e é uma das histórias mais enigmáticas e instigantes do Batman até hoje. Envolve um serial killer e vários vilões clássicos da galeria do Homem Morcego. Foi a base de inspiração para o novo filme do personagem com Robert Pattinson, onde temos um Batman mais detetive, e esta adaptação é fiel, angustiante e nos prende do começo ao fim.

Batman: 5 séries animadas inesquecíveis

SUPERAMIGOS (produzido de 1973 até 1985)

Esqueça quadrinnhos, “Superamigos” é um mundo próprio dos heróis da DC criado por Hannah Barbera. Hoje o desenho já está datado, mas sem dúvida é um conceito original, divertido e totalmente nostálgico da Liga da Justiça.

BATMAN: A SÉRIE ANIMADA (1992 até 1995)

É sem dúvida a mais importante série do Batman já produzida até hoje, e foi extremamente influenciada pelo estilo gótico e sombrio dos filmes de Tim Burton. Ganhadora de vários Emmys e outros prêmios, o show é exemplar em sua produção e concepção de mundo e personagens. Com histórias divertidas e envolventes, “Batman – A Série Animada” continua excepcional. E foi onde apareceu pela primeira vez a Arlequina (criada exclusivamente para o show).

BATMAN DO FUTURO (1999 até 2001)

Bruce Wayne está em seus 50 anos e continua combatendo o crime com o uso de uma roupa tecnológica. Mas certo dia, ele sofre um ataque cardíaco durante uma luta, e acaba usando uma arma para se defender. Desde então, Wayne decide que seus dias como Batman estão finalizados. A história avança até 2039 e Bruce está com 70 anos. E eis que surge Terry McGinnis, um rapaz de 17 anos que vive com o pai após o divórcio de seus genitores, e ele se torna o escolhido de Bruce para ser o novo Batman. É, sem dúvida, uma atualização criativa e ousada da franquia nos desenhos. Vale muito a pena!

LIGA DA JUSTIÇA (2001 até 2004)

Se “Batman: The Animated Series” é a melhor série animada do Morcegão, “Liga da Justiça” é o melhor desenho até hoje já feito dos heróis da DC. Inesquecível em cada jornada, em cada aventura e em cada execução dos poderes de cada herói, a série marcou a infância de muita gente e continua excelente até hoje. Depois criaram “Liga da Justiça: Sem Limites” que é muito boa também, mas gosto de conitnuar com a formação original da Liga e os heróis icônicos trabalhando juntos. Inesquecível!

O BATMAN (2004 até 2007)

Amo este seriado animado do Batman – principalmente a primeira temporada com a abertura icônica e o design original dos vilões clássicos. Da segunda temporada em diante o show fica pop demais com a adição da Batgirl e Robin. Mas ainda assim, continua um desenho bonito e envolvente.

Batman e as séries live-action

Lançado em 1939, Batman é um dos super-heróis mais adaptados do audiovisual. Seja cinema ou TV, o persoangem sempre rendeu muitos frutos. 

Vamos lembrar dos seriados live-action estrelados pelo Homem-Morcego e seu fiel parceiro Robin. 

BATMAN (1943)

Primeira adaptação live-action do Batman, este seriado é estrelado por Lewis Wilson. O show teve 15 capítulos e foi produzido pela Columbia Pictures. Na época, seriados ainda eram exibidos no cinema (com episódios semanais), mas os capítulos desta pérola você já encontro no Youtube.

A primeira aparição do Batman nos quadrinhos aconteceu em 1939, portanto, este seriado foi uma adaptação súbita que aproveitou a crescente fama do personagem nas HQs.

BATMAN E ROBIN: A VOLTA DO HOMEM-MORCEGO (1949)

Batman estava bombando nos quadrinhos e cada ano ganhava mais e mais fãs. Em 1949 decidiram fazer outra série live-action do personagem, mais uma vez com Robin de sidekick. Mas ainda assim, o show não tinha tanta personalidade.

Outra produção feita pela Columbia, agora Batman é interpretado por Robert Lowery e Robin por Johnny Duncan. Ambos enfrentam o vilão Feiticeiro., e o show também foi exibido nos cinemas. Episódios disponíveis no Youtube.

BATMAN (1966 até 1969)

E claro, o show mais popular do Homem-Morcego e aquele responsável por tornar o heróí e seus vilões mundialmente populares. A série dos anos 60 é cheia de cores e comédia, e encontrou uma personalidade própria que fez do Batman um personagem ainda mais popular na época (tanto que é frequentemente lembrada até hoje).

Adam West encarna o Homem Morcego e Burt Ward é Robin, e desta vez, o show adapta os vilões mais icônicos do personagem. Exibido pela ABC, a série durou três temporadas.

Batman e todos os atores do personagem

LEWIS WILSON 

Em: “Batman – O Morcego” (1943)

Primeiro ator a viver o Batman no cinema foi Lewis Wilson com este seriado de 15 episódios (na época, seriados passavam no cinema). O show foi o primeiro a mostrar em carne e osso tanto o Homem-Morcego, quanto Robin, o Alfred, etc. Mas a série ainda não tinha os vilões icônicos e as histórias eram bem simples e sem graça.

ROBERT LOWERY

Em: “Batman & Robin – A Volta do Homem-Morcego” (1949)

Lowery foi o segundo ator a viver o Homem-Morcego nesta outra série que também foi exibida no cinema. Lowery esbanjava carisma com um sorriso pomposo, e apesar do seriado ainda não alcançar o potencial do personagem, Lowery entendia a dualidade do personagem.

ADAM WEST

Em: “Batman” (seriado de 1966 até 1969) e “Batman, O Homem-Morcego” (1966)

Talvez seja o Batman mais querido até hoje. O ator vem de uma época onde não existia tanta chatice de fãs, e estrela um seriado colorido e cheio de comédia que foi responsável por tornar o Batman mundialmente famoso. É rídiculo, é cafona, é hilário.

OLAN SOULE 

Em: “As Novas Aventuras de Batman” (série animada de 1977) e “Superamigos” (1973-1985)

Depois que a série dos anos 60 estourou, começou a se criar muita coisa do Batman – inclusive, claro, desenhos para a TV. No seriado animado de 1977, “As Novas Aventuras do Batman”, e em “Superamigos”, série animada criada por Hannah Barbera em parceria com a DC, o radialista e ator de TV, Olan Soule, emprestou sua voz ao personagem.

MICHAEL KEATON

Em: “Batman” (1989) e “Batman – O Retorno” (1992)

Keaton vai contra todas as características de um ator para ser o Batman, mas, por incrível que pareça, de todos os filmes dos anos 90 ele continua sendo o melhor intérprete do Homem-Morcego. Tanto que vai voltar a usar novamente a capa no filme do “The Flash” e “Batgirl”.

KEVIN CONROY

Em: “Batman: A Série Animada” e outras animações, video games e no seriado “Batwoman”

Um dos atores mais importantes do Batman, Kevin Conroy encarnou o personagem na clássica série animada dos anos 90 e continuou atuando como o herói em várias outras animações e jogos de video game. Em um episódio da série “Batwoman”, ele aparece como Bruce Wayne.

VAL KILMER

Em: “Batman Eternamente” (1995)

Após Michael Keaton ter desistido do papel quando Joel Schumacher assumiu a direção e queria amenizar o tom sombrio do personagem, Kilmer entra no projeto e assume um Batman até decente, assim como um Bruce Wayne bem com cara de playboy magnata. Mas, infelizmente, o roteiro é fraco e não ajuda.

GEORGE CLOONEY 

Em: “Batman & Robin” (1997)

Clooney assumiu o capa do morcego quando Kilmer desistiu do projeto, e o ator acreditava que ser escolhido como Batman seria ótimo para sua carreira. Ao fim de tudo, o filme é considerado o pior já feito do personagem, e Clooney até hoje se arrependende profundamente de ter aceitado o papel.

CHRISTIAN BALE 

Em: “Batman Begins” (2005), “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008) e “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012)

Em minha opinião, a melhor interpretação do Batman e Bruce Wayne. Bale é intenso, enigmático e quando se torna o Homem-Morcego ganha imponência e escuridão. E foi agraciado com os melhores filmes do personagem até hoje (o que ajuda bastante).

RINO ROMANO

Em: “O Batman” (séria animada de 2004 até 2008) e em “Batman vs. Drácula” (2005)

Experiente ator de voz, Rino Romano possui uma longa carreira emprestando sua voz para personagens animados em séries e video games. Ele foi o Bruce Wayne/Batman em um seriado animado que amo chamado “O Batman”, lançado em 2004. Curiosdade: ele já foi a voz do Homem-Aranha também em algumas animações.

DIEDRICH BADER

Em: “Batman do Futuro” (série animada de 1999 até 2001)

Nesta versão mais moderna do Batman, onde Bruce Wayne está velho e vira mentor da nova encarnação do Homem-Morcego, quem empresta a voz para o personagem é o ator Diedrich Bader, que já trabalhou em filmes como “Napoleon Dynamite” e em outros projetos de animação.

BEN AFFLECK 

Em: “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça” (2016), “Liga da Justiça” (2017) e “Liga da Justiça de Zack Snyder” (2021)

Ben Affleck é uma das melhores coisas nos filmes de Snyder, e apesar de ter sido massacrado quando foi anunciado como o Homem-Morcego, o ator surpreendeu com uma atuação convincente. Pena que recebeu péssimos roteiros e não teve a oportunidade de estrelar o seu próprio filme (algo que estava nos planos, com direção do próprio Affleck, que desistiu em seguida).

WILL ARNETT

Em: “Uma Aventura Lego” (2014) e “Lego Batman – O Filme” (2017)

A versão do Batman nos filmes do lego para cinema são magistrais! Um completo non-sense delicioso que tira sarro com o personagem, mas sem deixar de respeitar e homenagear. E o personagem na versão original ganha a voz de Will Arnett, que adiciona o modo Christian Bale de falar mas de um jeito bem mais caricato (e engraçado).

DAVID MAZOUZ 

Em: Seriado “Gotham” 

A série “Gotham” é praticamente a origem do Batman e a ascenção do Comissário Gordon na polícia de Gotham. O show acompanha um Bruce Wayne adolescente e seu caminho até se tornar o herói mascarado. Mazouz é decente no papel, mas só aparece como Batman no episódio final do seriado (em apenas alguns segundos).

IAIN GLEN

Em: Seriado “Titãs”

Glen, mais conhecido por “Game of Thrones”, assume aqui o papel de Bruce Wayne e pouco tem destaque na série. Não aparece usando o manto do Homem-Morcego e é completamente desperdiçado. Sua cena de destaque é quando dança em um bar, fazendo uma homenagem ao momento icônico de Adam West dançando na popular série dos anos 60.

ROBERT PATTINSON

Em: “Batman” (2022)

O mais recente intérprete do personagem é o famigerado Robert Pattinson, que ficou conhecido na saga “Crepúsculo” mas depois se mostrou um excelente ator em projetos independentes e mais ousados. Sua encarnação do Batman se passa apenas no segundo ano de Bruce Wayne como o herói, então o personagem está aprendendo muita coisa, e a sede por vingança está em erupção.

Opinião: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)

O diretor Christopher Nolan foi bem enfático em diversas entrevistas na época do lançamento de “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” de que este seria o filme final de sua pensada trilogia. E, de fato, o longa encerra o ciclo iniciado com “Batman Begins” em 2005 e coloca o herói como o símbolo de combate ao crime que o próprio Bruce Wayne almejava, afinal, a ideia de Nolan ao longo dos três filmes foi construir Batman não como Bruce Wayne, mas como um ser, um manto, um símbolo que pode vir a ser encarnado por outras pessoas futuramente e perdurar para sempre.

“O Cavaleiro das Trevas Ressurge” possui certos problemas, principalmente em seu ato final com as resoluções fáceis de seu enredo. Nolan abraça um aspecto mais ‘quadrinhos’ e infantil de filmes de heróis, até utiliza a clássica ‘contagem regressiva da bomba’ como clímax em um desfecho que poderia ser melhor trabalhado (e aquela cena de morte com Marion Cotillard no final é difícil de perdoar).

No entanto, particularmente, eu amo “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”! Apesar de certos problemas, é uma obra que encerra com ímpeto uma história que nos surpreendeu lá atrás, e nos levou em uma jornada de intrigas pessoais e discussões humanas sobre o papel da política e do indivíduo em sociedade – tudo isso intrínseco em um mundo de fantasia, afinal, continua sendo um filme de super-herói.

Mas Nolan consegue nos fazer se importar com cada personagem. Bane (Tom Hardy) é a nova força destruidora que surge em Gotham e muda completamente a normalidade. Já Selina Kyle (Anne Hathaway), a.k.a Mulher-Gato, é uma peça do jogo, não necessariamente fundamental para o desenrolar da trama, mas é uma peça presente que trabalha em favor de seus próprios interesses e servirá de força de apoio para Wayne. Mas uma das grandes surpresas para mim é Michael Caine como Alfred. O ator já era uma das melhores coisas nos longas anteriores, mas aqui, o personagem ganha momentos dramáticos emocionantes que consolidam seu afeto, preocupação e amor paternal por Bruce Wayne.

“Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” pode não ser o melhor da trilogia (aliás, é o mais fraco dos três), mas não deixa de ser um filme excelente. Não é perfeito, mas tem cenas empolgantes de ação e possui um desfecho respeitoso à este mundo mais realista criado por Nolan – e que combina com o personagem. Vale a pena!

The Dark Knight Rises/EUA – 2012

Dirigido por: Christopher Nolan

Com Christian Bale, Tom Hardy, Anne Hathaway, Michael Caine, Morgan Freeman, Gary Oldman, Joseph Gordon-Levitt…

Sinopse: Oito anos após a morte de Harvey Dent, a cidade de Gotham City está pacificada e não precisa mais do Batman. A situação faz com que Bruce Wayne (Christian Bale) se torne um homem recluso em sua mansão, convivendo apenas com o mordomo Alfred (Michael Caine). Um dia, em meio a uma festa realizada na Mansão Wayne, uma das garçonetes contratadas rouba um colar de grande valor sentimental. Trata-se de Selina Kyle (Anne Hathaway), uma esperta e habilidosa ladra que, apesar de flagrada por Bruce, consegue fugir. Curioso em descobrir quem é ela, Bruce retorna à caverna para usar os computadores que tanto lhe serviram quando vestia o manto do Homem-Morcego. Aos poucos começa a perceber indícios do surgimento de uma nova ameaça a Gotham City, personificada no brutamontes Bane (Tom Hardy). É o suficiente para que volte a ser o Batman, apesar dos problemas físicos decorrentes de suas atividades como super-herói ao longo dos anos.

Opinião: Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008)

Com “Batman – O Cavaleiro das Trevas” o diretor Christopher Nolan alcançou o ápice com um dos filmes de super-herói mais aclamados e celebrados de todos os tempos. Se com “Batman Begins” foi implantado no cinema a imagem de um Batman sério e realista, nesta continuação Nolan consolida ainda mais a sua visão de universo e coloca os personagens de quadrinhos em um mundo de máfia, interesses políticos e sociais, com o vilão Coringa surgindo como a força motriz que irá desestruturar o sistema vigente.

O longa é um thriller policial inspirado em clássicos do gênero como os filmes de Michael Mann e Paul Verhoeven, e ao lado do roteirista David S. Goyer, Nolan desenvolve uma trama policial que explora temas sociais e psicológicos vigentes. O Coringa de Heath Ledger surge como um ser sem regras ou limites que não mede esforços para estampar a hipocrisia social, e mostrar que todo ser humano possui o seu lado sombrio e violento – como a gravidade, só precisa de um empurrãozinho. Mas o filme não é cético, muito menos pessimista, e Nolan faz questão de mostrar otimismo e esperança (como bem apresenta a sequência das barcas no final).

Apesar de Heath Ledger roubar a cena com sua atuação ganhadora do Oscar, o roteiro de “O Cavaleiro das Trevas” é preocupado em levar adiante a história de Bruce Wayne (Christian Bale), e Nolan equilibra com méritos o tempo de tela do vilão, e dos demais personagens, para não apagar o desenvolvimento de Wayne. Aliás, o elenco de apoio retorna e continua excelente (Michael Caine, Morgan Freeman, Gary Oldman), e agora temos a adição do memorável Aaron Eckhart como o promotor de justiça Harvey Dent, e a mais talentosa Maggie Gyllenhall que substitui Katie Holmes como Rachel, o interesse romântico do herói.

“O Cavaleiro das Trevas” foi um desses eventos cinematográficos que fez história em sua época de lançamento. Alcançou 1 bilhão em bilheteria – sem auxílio do 3D – em uma época onde os ingressos eram um pouco mais baratos. Um longa que não foi indicado ao Oscar de Melhor Filme e forçou a Academia aumentar o número de indicados de 5 para 10 – ao menos Ledger levou com justiça o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante.

Mais ainda que tenha uma ambientação mais crível, o filme não deixa de seguir a tendência dos quadrinhos com diversos planos frenéticos ao longo de sua duração. O Coringa sempre tem um plano seguinte e não dá espaço para respiro, mas diferente dos longas antigos, a execução dentro da história de “O Cavaleiro das Trevas” é coesa, bem construída e empolgante. Não temos alguém querendo dominar Gotham ou matar o Batman, pelo contrário, o Coringa aqui almeja expor a natureza mais íntima das pessoas, e estabelecer sua relação de ‘gato e rato’ com Batman (cena do interrogatório é clássica!).

Disponível para assistir no HBO Max, “Batman – O Cavaleiro das Trevas” é o ápice do personagem nos cinemas. Em minha opinião, é o melhor longa-metragem do herói já feito até hoje, e um dos grandes trabalhos da carreira excepcional de Christopher Nolan. Um clássico moderno, sem sombra de dúvidas!

The Dark Knight/EUA – 2008

Dirigido por: Christopher Nolan

Com: Christian Bale, Heath Ledger, Gary Oldman, Michael Caine, Morgan Freeman, Aaron Eckhart…

Sinopse: Após dois anos desde o surgimento do Batman (Christian Bale), os criminosos de Gotham City têm muito o que temer. Com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman luta contra o crime organizado. Acuados com o combate, os chefes do crime aceitam a proposta feita pelo Coringa (Heath Ledger) e o contratam para combater o Homem-Morcego.