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Opinião: O Rei da TV (1ª e 2ª temporada) – Star+

Como em qualquer biografia adaptada para a TV ou cinema sempre teremos liberdades criativas para efeitos dramáticos na história. Isto acontece com todas as adaptações, e como é comum em casos como este, as pessoas retratadas na tela que ainda estão vivas sempre irão reclamar de alguma coisa. Normal. Esta série do Star+ sobre a vida de Silvio Santos não foge à regra, e esperei sair a segunda temporada para fazer uma análise geral do show.

Na primeira temporada de “O Rei da TV” a trama é dividida com Silvio Santos em sua juventude (interpretado por Mariano Mattos) se tornando um camelô e buscando construir o próprio negócio até sua ascensão como apresentador de televisão. A outra linha temporal já mostra Silvio mais velho (José Rubens Crachá) lutando para manter o negócio e revolucionando a TV com seu estilo irreverente de programa – até quando culmina na ambição de se tornar presidente do Brasil.

Daí temos o início da 2ª temporada, com Silvio em primeiro nas pesquisas mas lutando na justiça para conseguir ter a candidatura aprovada há 20 dias da eleição. Ao mesmo tempo, o show também explora os problemas de fraude no banco PanAmericano, um caso extraconjugal de Silvio com uma atriz mexicana, seus problemas no casamento, as crises de identidade do SBT, o sequestro de sua filha Patrícia até quando Silvio foi feito refém em sua própria casa por um dos sequestradores da filha.

História não falta sobre Silvio Santos, e sem dúvida o maior apresentador da televisão brasileira é cercado de muitas polêmicas, como também de bastante paixão, admiração e curiosidade do grande público. E histórias boas são aquelas imperfeitas, aquelas que procuram lidar com temas nada cordilheiros de seus biografados. “O Rei da TV” faz isso, e o faz sem deixar de lado o nítido carinho e respeito pela figura emblemática do profissional ali representado.

Os problemas da série consistem em uma construção narrativa muitas vezes teatral e novelesca, onde os personagens sempre reagem de maneira forçada, ou caricatural demais, com berros e gritos. Este problema se concentra principalmente em Silvio Santos. Não o conheço pessoalmente, mas pelo que já li e ouvi de pessoas sobre ele, Silvio sempre foi uma pessoa sagaz, inteligente, excelente em convencer as pessoas e ótimo na arte da manipulação, mas não um senhor constantemente nervoso que sempre fica gritando com todos porque as coisas não estão saindo como o planejado. E aqui, Silvio sempre apresenta esta reação típica de novela ou teatro, o que infelizmente tira um pouco da naturalidade da obra e soa pouco como o Silvio engenhoso e multifacetado que tanto admiramos.

Mas confesso que apesar disto, e da direção de arte cafona, “O Rei da TV” é uma série que estranhamente me envolveu e me deixou entretido ao longo de 16 episódios (8 em cada temporada). Acompanhar a vida deste mito da televisão de forma tão intimista, e ao mesmo tempo acompanhar os bastidores da televisão brasileira e sua transformação ao longos dos anos, confesso que possui um fascínio hipnotizante.

O elenco em sua maioria é competente, e apesar de José Rubens Crachá mais parecer o Silvio Santos de hoje do que o Silvio dos anos 80 e 90, após alguns episódios este incômodo logo passa e Crachá entrega um personagem humano e fervoroso, e busca fazer isto sem torná-lo uma imitação.

No geral, “O Rei da TV” é uma série envolvente e boa de acompanhar mesmo com todas as suas imperfeições. Caso tenho uma terceira temporada estarei lá para assistir.

O Rei da TV Temporadas 1 e 2/BRASIL – 2022,2023

Total de episódios em cada temporada: 08

Criado por: André Barcinski, Ricardo Grynszpan e Marcus Baldini

Com: José Rubens Crachá, Mariano Mattos, Paulo Nigro, Emilio de Melo, Ary França, Gui Santana, Leona Cavalli…

Sinopse: O Rei da TV acompanha a vida e a carreira do apresentador e empresário Silvio Santos – nome artístico de Senor Abravanel – um dos maiores ícones da televisão brasileira. Aos 87 anos, Silvio Santos é proprietário do Grupo Silvio Santos, que inclui a empresa Liderança Capitalização, administradora da Tele Sena, e o SBT – Sistema Brasileiro de Televisão. A produção acompanha a vida de Sílvio desde sua infância no Rio de Janeiro até sua ascensão e fama como um dos maiores comunicadores do Brasil. Comerciante de rua na juventudade, o apresentador sempre demonstrou talento para se comunicar com o público, engajando e divertindo as pessoas. Ele passou a participar de espetáculos circense e rapidamente chamou atenção.  Logo, Sílvio foi conquistando seu espaço na indústria do entretenimento.

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Opinião: O Predador – A Caçada (2022) – Star+

O primeiro filme da franquia “O Predador” foi lançado naquele auge do cinema de ação testosterona dos anos 80, e trazia uma premissa bem simples: soldados deixados em uma floresta começam a ser caçados por uma criatura fora do comum. Com o sucesso do filme, óbvio que continuações foram feitas e sempre em uma tentativa ou de expandir a mitologia, ou de aumentar a dose épica do material. Nunca deu certo! Bem, até agora.

Este novo “O Predador: A Caçada” é o melhor filme da franquia desde o primeiro longa lançado em 1987 (se não melhor – aberto para debate) , e o filme resgata justamente a simplicidade do seu conceito: a caçada. Sempre objetivo e sem enrolações, o longa é um filme de sobrevivência, uma luta fervorosa para se manter vivo e se sobressair ao predador maior. E como o próprio nome em inglês (“Prey”) exemplifica, presa não são apenas os humanos contra o predador, mas somos todos nós em um mundo violento, em constante mudança e onde precisamos se impôr para não sermos “mortos” – literalmente ou não.

O roteiro escrito por Patrick Ailson e Dan Trachtenberg (também diretor) é inteligente ao situar a trama em 1739 – 300 anos antes do original -, acompanhando uma tribo de índios Comanche em uma época onde a civilização estava em seus primórdios no Novo Mundo. Um período onde o caçar era essencial para estes personagens, e onde a luta pela sovrevivência – e consequentemente sua casa – se tornaria ainda mais acentuada com a chegada de outros povos.

O cenário é perfeito por não ser tecnológico e não utilizar com frequência armas de fogo. Nossa protagonista, uma índia comanche guerreira chamada Naru, terá que utilizar suas habilidades de luta e estratégia para conseguir derrotar este inimigo voraz vindo do espaço. As cenas de ação são excelentes, construídas com impacto e tensão, possuem pouquíssimos cortes e entregam a disputa sangrenta e violenta do que se espera de uma batalha contra o predador.

Simples, eficaz, empolgante e envolvente, “O Predador: A Caçada” comprova que, em muitos casos, o menos é mais. Recomendado!

Prey/EUA – 2022

Onde assistir: STAR+

Dirigido por: Dan Trachtenberg

Com: Amber Midthunder, Michelle Thrush, Julian Black Antelope…

Sinopse: Neste prelúdio à história de Predador, O Predador: A Caçada é a história não contada de Naru, uma jovem guerreira altamente qualificada, desesperada para proteger seu povo do perigo iminente. Criada entre os maiores caçadores que vagavam pelas Grandes Planícies e confiante de que é tão capaz quanto os outros jovens caçadores, ela se propõe a proteger seu povo quando seu acampamento Comanche é ameaçado por uma criatura misteriosa. Ambientado no mundo da Nação Comanche no início de 1700, munida com armas primitivas, Naru persegue e finalmente confronta seu inimigo, que acaba sendo um predador alienígena altamente evoluído, com um arsenal tecnologicamente avançado, resultando em um confronto brutal e aterrorizante entre os adversários. Protegendo seu povo do predador que caça humanos por esporte, lutando contra a natureza, colonizadores perigosos, entre outros desafios, a jovem corajosa possui a força para enfrentar o que for necessário para manter seu povo seguro.

New Prey poster teases the warrior vs. Predator battle coming to Hulu next week
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Opinião: A Princesa (2022) – Star+

“A Princesa”, dirigido por Le-Van Kiet, é outra cria da era-John Wick, mas ao invés de ser uma consequência sem personalidade, o filme em sua simplicidade entrega com competência o que propõe: uma ação de qualidade, bem filmada e cheia de criatividade com uma câmera que captura a beleza das coreografias e realça a empolgação do momento.

A trama é rasa como um pires: uma princesa (Joey King) é levada presa para a torre de seu castelo enquanto este está sendo usurpado por um sujeito (Dominic Cooper) interessado em se tornar o legítimo rei do local. Ele prende o rei, a rainha e a filha mais nova do casal, mata todos os guardas do castelo e almeja concretizar o casamento pelo qual foi rejeitado anteriormente, mas que agora o fará a força. O que ninguém esperava da princesa apriosionada eram suas habilidades de luta que aprendeu escondida ao longo da vida, e desde a torre até chegar ao andar de baixo, ela terá que enfrentar muitos adversários e lutar incansavelmente por sua sobrevivência.

Com cara de vídeo game onde em cada andar temos uma ‘fase’ para vencer, “A Princesa” possui seus exageros? Claro. A história pode não fazer sentido em alguns momentos? Sim. Mas, poxa, cinema de ação é isso e exija-se que tenha a chamada ‘suspensão de descrença’ para embarcar na fantasia da diversão. E que diversão! Da mesma forma que Hollywood sempre valorizou com ímpeto os seus ícones masculinos do cinema de ação, aqui temos o outro lado com uma personagem também repleta de personalidade e sede por vingança e que é valorizada pelo filme por sua habilidade e entrega. A atriz Joey King surpreende na execução de suas cenas de ação e se mostra uma excelente aposta para o gênero (a atriz já se provou ótima no drama com a minissérie “The Act” e esbanjou simpatia em filmes bobinhos péssimos que os pré-adolescentes amam com “A Barraca do Beijo”).

Tenho apenas uma ressalva: apesar das cenas de ação serem muito bem filmadas e empolgantes, o filme pouco dá espaço para respiro o que pode deixar um pouco cansativo, e há algumas sequências de ação que soam parecidas e repetitivas em estilo. Felizmente, isto não prejudica a qualidade do todo pois sempre temos em seguida outro momento onde elementos dos cenários são usados, e que mesclado com as lutas, tudo fica muito mais criativo e empolgante.

“A Princesa” é uma dessas bobeiras deliciosas de assistir, e uma obra de ação que entrega um material bem realizado, competente e nada genérico. Diante de tantos filmes de ação sem personalidade lançados nos streamings, isto já é mais do que louvável. Enfim, vale a diversão!

The Princess/EUA – 2022

Dirigido por: Le-Van Kiet

Com: Joey King, Olga Kurylenko, Dominic Cooper…

Sinopse: Era uma vez em…A Princesa, Joey King interpreta uma bela e obstinada princesa. Vivendo em um castelo mágico, uma princesa é prometida pelo seu pai a um sociopata cruel. Mas no fatídico dia em que a união seria consumada, ela acaba se recusando a casar. Enfrentando todas as normas de princesa, ela diz que não é um objeto para ser negociado. Mas ao se recusar a casar com quem está prometida, ela é sequestrada e trancada em uma torre remota do castelo de seu pai. Com seu pretendente desprezado e vingativo com a intenção de tomar o trono de seu pai. Com isso, ela precisa sair da torre quando mercenários vão matá-la e parte em uma missão para proteger sua família, salvar o reino e dar muitas pancadas nos vilões. Ao longo do caminho, ela faz amizade com outras mulheres que trabalham no castelo e no reino, além de quebrar todas as regras reais de uma princesa.

The Princess (2022) - IMDb
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Opinião: Pam & Tommy (minissérie) – Star+

Quando Pamela Anderson foi apresentada ao mundo no seriado “Baywatch” em 1989, Hollywood parou com sua beleza, e desde então, a atriz se tornou um símbolo sexual da cultura pop. E não faltou conteúdo para manter os tabloides ocupados quando a atriz e modelo resolveu se casar com o roqueiro Tommy Lee, da banda Mötley Crüe, apenas 96 horas após tê-lo conhecido. Um relacionamento conturbado, selvagem e cheio de alvoroço, que foi bombardeado mais ainda quando uma fita íntima do casal foi roubada de sua casa e divulgada para o mundo – e se tornando, inclusive, a primeira sensação pornográfica do mundo virtual, que estava começando na época.

Criada por Robert Siegel, “Pam & Tommy” já se consolida como um dos projetos mais sensacionais deste ano de 2022. Com uma narrativa sempre pulsante e cheia de urgência, o show consegue falar sobre temas diversos, e explorar com o mesmo nível de tensão, cada um deles. A força emergente da internet, a indústria cultural como peça principal na criação de símbolos sexuais e o desenvolvimento de personagens complexos e repletos de falhas. Minha ressalva fica somente para a glorificação exacerbada de Pamela Anderson, que apesar de vítima de toda a polêmica da fita de sexo, é colocada como uma mulher inocente demais e apenas uma reatora aos comportamentos de todos ao seu redor (talvez o não consentimento de Pamela com a série tenha influenciado a criação de uma personagem mais angelical e, em certa medida, perfeita demais).

Mas ainda assim, “Pam & Tommy” é uma jornada singular e sem freios à um mundo de interesses, ambições e vingança. As atuações também merecem aplausos. Seth Rogen se encaixa maravilhosamente bem em um personagem bem estilo Seth Rogen, mas o grande destaque fica por conta das transformações magistrais de Sebastian Stan em Tommy Lee e Lily James em Pamela Anderson. Ambos imensamente parecidos e com um trabalho de maquiagem memorável, mas sem deixar de lado a entrega dramática essencial para tornar seus personagens figuras identificáveis, e humanas – mérito este tanto dos atores quanto do ótimo roteiro.

Pam & Tommy/EUA

Número de episódios: 08

ONDE ASSISTIR: Star+

Com: Lily James, Sebastian Stan, Seth Rogen, Nick Offerman…

Sinopse: Baseada em uma história real, Pam & Tommy segue o turbulento relacionamento de Pamela Anderson (Lily James), atriz conhecida por seu trabalho na série Baywatch, e de Tommy Lee (Sebastian Stan), baterista da banda Mötley Crüe. O romance começou em 1995, quando os dois resolveram se casar 96 horas (ou quatro dias) depois de terem se conhecido. No mesmo ano, o casal estampou tablóides do mundo inteiro com uma sex tape de sua lua de mel que acabou roubada e distribuída para o público pelo ex-ator pornô Michael Morrison (Nick Offerman) e seu amigo Rand Gauthier (Seth Rogen). Primeiro vídeo viral de todos os tempos, a tal gravação desencadeou um dos maiores escândalos sexuais da década de 90, lembrado até hoje. O vazamento da fita afetou imediatamente a carreira de Anderson que ficou marcada pelo escândalo e reduzida apenas a uma sex symbol, sendo sempre oferecida papéis que focavam em sua sensualidade. A empresa responsável pelo vazamento foi processada por Pamela e Tommy, resultando em um acordo confidencial que permitiu ao Internet Entertainment Group veicular, novamente, a fita para assinantes de seus sites.

Pam & Tommy - Série 2022 - AdoroCinema
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Opinião: King’s Man – A Origem (2021)

Quando Matthew Vaughn lançou “Kingsman – O Serviço Secreto” em 2014, o filme surpreendeu pela sátira com as histórias e personagens dos filmes antigos de James Bond, mas também por entregar cenas de ação espetacularmente filmadas e criativas. Era uma mescla bem dosada entre comédia e seriedade, entre ironia e entender a importância de seus personagens e situações. Depois tivemos uma continuação ainda mais exagerada e sem peso emocional algum com “Kingsman – O Círculo Dourado”, em 2017, e agora, Vaughn decide retornar a este mundo para contar a origem da Kingsman. E precisa parar por aí. Chega!

Com uma história inflada cheia de personagens e intenções, o filme carece de foco e uma narrativa mais linear que nos faça se identificar melhor com seus personagens. Ora o roteiro coloca Ralph Finnes como protagonista, depois muda o foco para seu filho, depois retorna para Fiennes e nada do que é construído até ali, de fato, tem peso emocional e é interessante.

A seriedade em demasia, as cenas de ação pouco inspiradas, os ótimos atores colocados em personagens opacos e esquecíveis, tudo isto colabora para tornar “King’s Man: A Origem” um prelúdio mal sucedido e nada empolgante. Infelizmente.

The King’s Man/EUA – 2021

Dirigido por: Matthew Vaughn

Com: Ralph Fiennes, Gemma Arterton, Harris Dickinson, Aaron Taylor-Johnson, Rhys Idans, Charles Dance, Daniel Brühl, Tom Hollander…

Sinopse: Quando uma série dos piores tiranos e gênios do crime da história se juntam para criar uma guerra que aniquilará milhões, um homem e seu pupilo precisam correr contra o tempo para pará-los.

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Opinião: Only Murders in the Building (1ª temporada) | Star+

“Only Murders in the Building” é uma dessas surpresas tão deliciosas de se assistir que quando termina só resta ‘saudade’ e ‘quero mais’. Criado por John Hoffman e Steve Martin, a série possui um enredo que trabalha o clássico conceito do ‘quem matou?’, mas insere a ideia dentro da modernidade atual dos podcasts. E faz isto sem deixar de lado a sensibilidade da narrativa, a importância dos personagens e a criatividade com que conta sua história.

O ritmo, a trilha sonora, a direção de arte, o elenco e todos os diretores que trabalharam nesta 1ª temporada, “Only Murders in the Bullding” é uma recriação cheia estilo, personalidade e efervescência das histórias pueris de detetive que se tornaram clássicas nas mãos de escritores como Agatha Christie, por exemplo.

Na trama, três estranhos (Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez) moram em um mesmo prédio no Upper West Side, em Nova York, e são apaixonados por podcasts de ‘true crime’, sobre casos reais de assassinato. Quando uma morte horrível ocorre dentro do mesmo prédio, o trio formado por Mabel (Gomez), Charles (Martin) e Oliver (Short) começam a suspeitar de que a tragédia não foi um acidente, mas um assassinato e que o assassino é um dos moradores do local. Diante disso, os três criam um podcast chamado “Only Murders in the Building” (Apenas Assassinos no Prédio, em tradução literal) e começam a investir o caso. Ate o cantor Sting entra na história e é um deleite.

A série mostra um equilíbrio perfeito entre o drama e a comédia. Nada pende para nenhum dos lados, e se concentra em um desenvolvimento sóbrio que oferece a cada personagem, por mais coadjuvante que seja, sem momento de brilho e importância. A narração em off é usado de maneira magistral e pertinente, assim como a excelente química entre os três protagonistas. Cada episódio algo de novo é apresentado e colabora para a construção do suspense e de nossas suspeitas de quem é, realmente, o assassino. “The Boy From 6B”, por exemplo, é um capítulo ousado e criativo por ser contado quase que totalmente sob a perspectiva de um personagem surdo, e a série nos coloca na mesma condição do mesmo.

Sou fã incondicional de Steve Martin, e aqui, sendo um dos criadores e roteiristas do projeto, consigo notar uma maturidade admirável em seu trabalho. O ator nunca se coloca no centro das atenções, mas divide com humildade a cena e abre espaço para seus colegas também brilharem. A química entre Martin, Short e Gomez é surpreendente e já quero logo uma segunda temporada – principalmente após aquele gancho extasiante mostrado no final desta primeira temporada.

Only Murders in the Building/EUA – 2021

Criado por: John Hoffman e Steve Martin

Total de episódios: 10

Onde assistir: STAR+

Com: Steve Martin, Martin Short, Selena Gomez, Tina Fey, Nathan Lane…

Only murders in the Building'' chega no Brasil com estreia exclusiva no Star+